GRAFFITI, do paleolítico ao séc. XXI

Banksy
Mural grafitado com estêncil de um trabalhador removendo
pinturas rupestres pré-históricas (2008)  Leak Street, London

Desde a pré-história, o homem come, fala, dança e graffita”.
(VILLAÇA, Maurício)

Pois bem, o tema sugere que façamos uma relação do passado com o futuro, ou melhor, da Arte Rupestre com o Grafite do séc XXI. Esta arte separada por milhares de anos da arte do grafitte, apresenta assim várias aproximações/diferenças que podemos destacar. O uso da parede em si já é uma aproximação óbvia, mas porque a parede? Para o homem do paleolítico/neolítico, esta é a grande tela vigente. A cercadura de sua vida, onde não há limites. Ela é realizada como ritual próprio pois as paredes das cavernas não estão expostas para uma apreciação pública; para uma visitação. É o núcleo familiar, a genes própria que habita tal ambiente. Já o grafitti ocupa as paredes expostas a todos os tipos de públicos, passantes. É o grande mural de apreciação de todas as massas. É forma de expressão de uma realidade vigente. É crítica social e ao mesmo tempo abstracionismo de formas. A parede tanto para um, quanto para o outro é o extrapolar limites. Não se está preso ao retângulo de uma folha de papel ou moldura de quadro. Nessas duas formas de arte, o homem em si trabalha com limites, com a extrapolação deles. Todo o corpo fala, pois a pintura depende de toda a extensão corpórea. // confusão entre arte rupestre e arte parietal

De início, podemos mencionar o Paleolítico, popularmente conhecida por Idade da Pedra lascada.

15.000 10.000 Pintura na caverna de Lascaux, França.

Cavalo – 15.000 10.000
Pintura na caverna de Lascaux, França.

A Arte Paleolítica se desenvolveu, entre os anos 32000 e 11000 A.C. e compreende a Arte nômade, registrada no interior das cavernas. Nada podemos afirmar acerca do homem da pré-história e nem mesmo se os “Graffiti” em pedras, paredes e afins eram de fato, Arte ou um meio de comunicação entre eles. Porém, percebemos a perfeição dos traços, desenhos e cores, que nos sugere que tinham por intenção a de representar, de forma naturalista, o que estava diante de seus olhos. Assim como o graffiti representa a visão do mundo atual e interage no cenário artístico, político, expressivo, observamos as grandes pinturas nos murais com rostos de personalidades grafitados no alto de prédios. Nesse caso objetiva-se a ligação daqueles traços com a identificação daquele retratado. (mostrar)

No neolítico, observamos a proximidade com um outro tipo de grafitte como o do artista Bansky. //explicar Formas simples que rapidamente dizem tudo o que tem a dizer sem objetivar a realidade de maneira imediata. É o simbólico pictográfico sendo utilizado porque a preocupação estética assim como a arte contemporânea não vê mais a necessidade de retratar a realidade. Ela pode ser abstraída e mesmo assim ser compreendida. Assim observamos que independentemente da era, cultura, raça, religião ou tecnologias, a arte reflete “a necessidade que o ser humano tem de se expressar simbolicamente”. As paredes sejam elas das cavernas ou dos grandes centros urbanos têm sido meios essenciais pra essa forma de expressão que independe de um objeto artístico portátil. Afinal parede não se leva debaixo do braço como um quadro. A parede revela a arte sobre uma estrutura local, um registro fixo que somente a sobreposição dos anos pode modificar.

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 É inegável que o pensamento simbólico e o comportamento simbólico tenham traços mais característicos da vida humana e que todo processo da cultura humana está baseada nessas
condições. (Cassirer, 1994:141 ).

A palavra Graffiti aqui usada e a grafia adotada, vem da do plural da palavra Grafito (rabisco, ranhura.) do italiano.

aprox. 74 d.c imagem encontrada em parede de bordel, na Pompéia.

aprox. 74 d.c
imagem encontrada em parede de bordel, na Pompéia.

Os túmulos dos faraós Egípcios representaram outro momento da pintura mural. A narração de fatos, num misto de imagem e texto nas paredes de túmulos, pode assumir a característica de graffiti. Na Grécia antiga, foram encontrados fragmentos de argila com anotações entalhadas, enquanto escavações em Pompéia revelaram grande diversidade do graffiti, entre os quais slogans eleitorais, desenhos, cenas obscenas, xingamentos, poesias, praticamente tudo se escrevia na parede. Na idade média, os padres pichavam as paredes dos conventos que não lhes agradavam.

Em 1904, foi lançada a primeira revista a abordar o graffiti de banheiro: Anthropophyteia. Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas usavam inscrições em muros como meio de propaganda para provocar o ódio contra os judeus e os dissidentes. Contudo, o graffiti também foi importante para os movimentos de resistência, como forma de disseminar seus protestos entre o grande público. Após a segunda guerra mundial, começaram a ser produzidas materiais em aerossol, como inseticidas, perfumes, desodorantes etc. As tintas em spray descendem do uso da tinta sob pressão de uma bomba compressora, como na pintura automotiva. Isso possibilitou maior liberdade de movimentos, maior velocidade e o desenvolvimento de técnicas características do graffiti.

No início do século XX nascia uma nova forma de arte, uma arte urbana, uma “artelivre” para todos. Alguns dos grandes pintores mexicanos como Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros faziam uso desta técnica de pintura de mural. “Em 1905, o Dr. AIL (pseudônimo do pintor Bernardo Carnada) publicou um manifesto defendendo a necessidade de uma arte pública e, em 1920, fez apelo a artistas em Barcelona (Espanha) proclamando a necessidade de promover uma arte que falasse às multidões “Pintaremos os muros das ruas e das paredes dos edifícios públicos, dos sindicatos, de todos os cantos onde se reúne gente que trabalha”.
Após esses movimentos, o graffiti teve seu auge em Nova Iorque, na parte sul do bairro de Bronx e no Brooklin no final dos anos 60, quando surgiu o movimento do Hip-Hop, que era a junção da forma cíclica de como se transmitia a cultura dos guetos norte-americanos. Encontra-se nesta época e região, uma das maiores populações menos favorecidas e mais oprimidas pela própria sociedade e que buscava uma forma de expressão.

Filhos da sepultura novamente, part 3 (1980) Dondi White - grafitti no metrô  Nova York, EUA

Filhos da sepultura novamente, part 3 (1980)
Dondi White – grafitti no metrô
Nova York, EUA

“Oque pensará o homem do futuro ao deparar com os graffiti do século XX? O metrô de Nova York não se tornará uma Lascaux? Cheio de signos herméticos, nomes e números que deixarão os historiadores a se debater em decifrações?” (GITAHY, O que é graffiti : 1999:12)

 Durante as revoltas estudantis, em maio de 1968, os manifestantes divulgavam suas ideias com pôsteres e palavras pintadas. Os estudantes franceses utilizavam com frequência uma técnica percussora atual do estêncil, a pochoir (palavra francesa para o graffiti feito com estênceis). O mesmo ocorreu no Brasil durante o período da ditadura militar. Porém, o grafite, ainda não tinha se estabelecido como uma forma de expressão urbana, tanto que em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a nova lei ambiental, de número 9.605, que além de conceituar o graffiti e pichação sem estabelecer distinção alguma entre eles, os declara crime contra o meio ambiente passível de penalidade. Essa lei só foi modificada em 2011, passando a repreender apenas a pichação.

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Banksy retrata a xenofobia a imigrantes africanos na Europa. De maneira sarcástica, a cena é com pássaros onde se lê ‘’Deixe nossas minhocas! Volte para a África’’

Banksy retrata a xenofobia a imigrantes africanos na Europa. De maneira sarcástica, a cena é com pássaros onde se lê ‘’Deixe nossas minhocas! Volte para a África’’

Ao contrário das pinturas deixadas nas cavernas no período Paleolítico e Neolítico, que não aparentam a vontade de serem vistas, as marcas deixadas pelo graffiti contemporâneo são cada vez mais ativistas e voltadas para as causas sociais. Nesse cenário surgem grandes artistas de rua como Banksy, conhecido ao redor do mundo por inserir suas obras de arte nas ruas, trazendo a reflexão sobre problemas na sociedade e na política. Dessa forma, muda-se o conceito antigo de Graffiti que antes era totalmente marginalizado, surgindo agora mais espaço para a reflexão nessa arte urbana.Observa-se na sociedade atual uma dualidade entre a propriedade privada e pública. O Graffiti vem obtendo seu espaço no território urbano mesmo em meio a proibição por parte de alguns setores públicos que não apóiam essa arte, que transforma ruas e vielas em museus e exposições ao ar livre. Como citado anteriormente, política também é um assunto muito relevante para essa arte. Outro artista que trabalha com esse conceito é Miguel Januário, do MAISMENOS. Insatisfeito com a situação política de sua nação e incerto sobre os rumos que ela viria a tomar, ele espalhou diversas mensagens ativistas nos muros de Portugal.

Observa-se na sociedade atual uma dualidade entre a propriedade privada e pública. O Graffiti vem obtendo seu espaço no território urbano mesmo em meio a proibição por parte de alguns setores públicos que não apóiam essa arte, que transforma ruas e vielas em museus e exposições ao ar livre.

Obra encontrada em Portugal do projeto MAISMENOS que critica o cinismo do Fascismo e a atual apatia da democracia.

Obra encontrada em Portugal do projeto MAISMENOS que critica o cinismo do Fascismo e a atual apatia da democracia.

 ‘’A reprodução das imagens experimentou tal aceleração que começou a situar-se no mesmo nível que a palavra oral.’’ BENJAMIN, Walter) 

Graffiti Publicitário

Atualmente, na maioria dos casos, existe uma concessão do governo para o uso de muros e edifícios, tornando a prática legalizada. Existem hoje três categorias de forma de expressão urbana hoje em dia: a pichação, normalmente utilizando de tipologias ou simbologias para demarcar territórios; os grafites, que utilizam de espaços públicos ilegalmente para manifestos e protestos quase sempre políticos; e agora os chamados muralistas, os quais utilizam da técnica do grafite com permissão, porém para trabalhos mais ligados as artes visuais e técnicas elaboradas sem necessariamente um ideal.

A incorporação da estética do grafite de rua na publicidade tem crescido cada vez mais e a sua inserção nas artes plásticas tem se consolidado, resultado esse da superação de um preconceito sobre as pinturas até então marginalizadas. Essa maior aceitação, de certa forma, também acabou por desviar o seu principal ideal, a forma de expressão perde seu intuito político e sua proposta de manifesto, e passa a trabalhar no campo do design, artes gráficas e da comunicação.

Temos como principais exemplos dessa aceitação e inserção da prática no mercado publicitário os trabalhos de Eduardo Kobra, OsGemeos, Tikka, entre outros. Chamados de 2ª geração de Grafiteiros, resultado dessa migração das ruas para galerias, dos muros e paredes para telas e murais, os artistas recebem inclusive encomendas para variados trabalhos.

“A verdade é que me sinto um privilegiado por pintar na rua. O maior museu é a rua, ao ar livre e que faz com que a arte possa chegar a todas as pessoas, pobres ou ricos”, (Eduardo Kobra, entrevista à Agência Efe)

Kobra, como o maior exemplo dessa nova realidade de não marginalização da arte urbana, possui inúmeros murais espalhados pela cidade de São Paulo, além de seu próprio ateliê e galeria. Seus trabalhos incluem técnicas de realismo, 3D, as vezes ligados a homenagens, ou também pinturas que retratam a antiga cidade de São Paulo. Existe ainda no artista ligação com o grafite dos anos 80 de manifesto, onde em algumas de suas obras questiona e protesta contra touradas espanholas, massacres de baleias no Japão e o desmatamento na Amazônia. A inserção do grafite nas chamadas artes visuais também possibilitou um melhor desenvolvimento de técnicas, criando imagens de melhor qualidade técnica e de material, porém que muitas vezes foge da estética inicial do grafite dos anos 80.

Já fui contratado para pintar na sala de dois delegados” (Eduardo Kobra)

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Multinacionais, grandes empresas da área do comércio, comunicação, propaganda já utilizaram o grafite como plano de fundo de suas campanhas. Artistas como Tikka e Calma foram contratados para ilustrar muros publicitários, substituindo os outdoors, de marcas como Ellus e Triton, sendo convidados para exposições no exterior, e ganhando espaço até para estampas de algumas peças de roupas.

“A função da propaganda é vender uma marca. Hoje o grafite é mais comunicação do que arte. Antes fazia questão de ser sujo,malvado e alternativo” (Artur Lara, ex-grafiteiro Tuca)

Apesar dessa abertura que a arte urbana recebeu na mídia, publicidade e conceito pessoal até dos mais conservadores, ainda existe uma certa censura quando tratado do grafite ligado à sua essência ativista. Vemos casos como o mural da estação Adolfo Pinheiro de Metrô, onde grafiteiros foram convidados a realizar sua arte ganhando inclusive o material, no entanto, um dos desenhos continha uma critica à policia militar. A obra foi coberta por tinta verde como resposta da censura por parte da Prefeitura de São Paulo.

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Aunos:
Aline Carvalho
Ana Carolina Bayer
David Moreno
Marina Benatti
Paloma Oliveira


Bibliografia:

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política (Ensaios sobre literatura e história da cultura)

KLINGMAN, Avidor. A creative means of youth coping with collective trauma.

Clube Acadêmico\trabalhos.Hist. Arte.paleol

GITAHY, Celso. Oque é Graffiti. Editora Brasiliense. 1999

Revista Época: Os grafiteiros das cavernas

Veja.Abril: Da parede da caverna ao muro grafitado

História Social da Literatura e da Arte: Arnold hauser. Ed.Mestre Jou-SP

GITAHY, Celso. O que é Graffiti.

J.Press – William Luz, 2013 (Grafite Arte – um preconceito superado?)

ISTOÉ – Juliana Vilas N° Ed. 1807 26.MAI,04 (Das ruas para as galerias)

Paulo Toledo Piza do G1 SP, 2012 (Artistas de SP combram cachê por foto publicitária com grafite em beco)

Exame.com – Luisa Melo, 2014 (Eduardo Kobra, o muralista internacional criado em SP)

7 pensamentos sobre “GRAFFITI, do paleolítico ao séc. XXI

  1. Muito interessante o trabalho gente, sempre costumei pensar nessa espécie de propagação da arte. A proporção que o graffite tomou na nossa contemporaneidade é muito produtiva para o âmbito artístico. Hoje em dia não precisamos mais de galerias ou museus fazendo “propaganda” da arte, basta pegar seu pincelzinho e tacar tinta nas paredes e tá feito, o que possibilita o surgimento de novos artistas com maior facilidade.
    Acredito ainda que, apesar da pixação ser colocada de lado, como uma manifestação de “rebeldia”, ela merece seu estudo e entendimento como obra artística sim. Recomendo um documentário chamado “PIXO”, que se passa em SP, com vários pixadores e grafiteiros. Apresenta diversos questionamentos sobre essa legitimação do graffite, por ser mais comercial e bonitinho, enquanto que a pixação é tratada como algo marginal. Devemos nos questionar sobre isso, inclusive porque até pouco tempo atrás o Graffite também era visto como algo marginal e essa cabeça mudou bastante. Abraços e meus parabéns pelo trabalho!

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  2. Adorei o trabalho! Acredito ser de suma importância a concepção da arte graffiteira como sendo inteiramente legítima e intrínseca a representação artística contemporânea. O paralelo feito com as pinturas rupestres é no mínimo interessante, visto que o graffiti pode ser tido como a própria arte rupestre na natureza urbana; é uma forma de se expressar artisticamente nesse mundo caótico, cinzento e trivial que é o urbano.Parabéns!

    Curtido por 4 pessoas

  3. Genial, uma correlação muito interessante! Nunca tinha parado pra pensar em quantas coisas eles tem em comum, a forma como grafitti passa a ser trabalhado como resistência me encantam muito e é uma vertente que vemos até hoje nos muros de todas as grandes cidades: o grafitti como protesto!
    Parabéns grupo, arrasaram!

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  4. Quando questionaram “mas porque a parede?”, me fez lembrar de uma das repostas da artista Adriana Varejão sobre algumas de suas obras, onde ela diz que “a parede é a extensão do corpo” e isso se encaixa perfeitamente ao graffiti e à arte rupestre, porque todo nós temos o desejo de nos expressarmos, seja na parede, no papel, no próprio corpo, seja falando, dançando, etc., e por que não na parede, se ela nos remete a uma questão de maior durabilidade? Por que não na parede, se é nela onde se escondem tudo o que foi vivido no local? Por que não na parede se a mensagem que quer ser passada terá maior visibilidade? (em relação ao graffiti)
    Acredito que a arte é sempre um meio de comunicação, independente se vai ser entendida, ela representa e quer dizer algo. E, pra mim, o grafiti é a representação mais concreta dessa frase, por que inúmeras vezes não compreendemos o que está escrito/desenhado, mas a mensagem está ali!
    Nunca tinha feito essa ligação entre essas artes, e o trabalho de vocês me possibilitou isso, muito bom! Pra vocês que falaram sobre esse tema, seria legal pesquisar sobre o M.O.F (Meeting of Favela), um evento que reúne muitos grafiteiros, brasileiros ou não, dai eles saem grafitando e renovando os muros das comunidades, é bastante legal. Vai rolar um esse mês, se não me engano. :*

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  5. Nunca tinha parado pra pensar sobre a história do graffiti, achei bem interessante o trabalho de vocês desde que escolheram o tema, porque nunca sequer pensei nessa relação que fizeram. Acho que estudar a arte e principalmente a história é justamente isso: desnaturalizar. Não podemos afirmar que as intenções criativas que cercavam os pintores parietais da pré história são teoricamente as mesmas que dos grafiteiros de hoje. Entretanto, com certeza, essa área merece estudos, desdobramentos e muitas mais relações, pois possivelmente, estas relações podem ser vistas como uma herança não só histórica, mas também comportamental. A necessidade humana de marcar, de simbolizar os espaços públicos, de expor num lugar que possivelmente vai estar sempre ali… Quer dizer, de onde vem essa vontade em nós, não é? Obviamente, as motivações são diferentes variando de pessoa para pessoa, de artista para artista, mas podemos ver que as crianças, por exemplo, muitas vezes apresentam esse comportamento de desenhar nas paredes. O trabalho de vocês me fez “viajar” um pouco nesse sentido.

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  6. O interessante é ver que essa vontade que na pré historia o homem tinha de se expressar usando desenhos ou fazendo marcas com suas próprias mãos como meio de assinatura ou ate mesmo de querer ser visto ou lembrado é ate hoje presente de uma forma muito forte principalmente na arte urbana como o graffiti. tem uma relação muito próxima, apesar da distancia que há entre eles. O homem de hoje vem com o mesmo propósito de querer ser reconhecido, falando do que vive, mostrando que é real.
    vendo esse trabalho lembrei de uma exposição que teve na caixa cultura aqui no Rio, que estavam expostos trabalhos de artistas conhecidos como Banksy, que fazem arte de rua como o graffiti, cartazes, arte com adesivo (Sticker art ), enfim, e percebi que talvez a arte urbana, esteja em uma nova fase. Poder ver uma reprodução, mesmo que em escala menor de um desenho que o Banksy fez, em exposição dentro de uma galeria, coisa que ate pouco tempo não se via. Vejo que ganhou mais respeito. Porem não sei se ter ”arte de rua” dentro de uma galeria é bom ou ruim. tenho minhas duvidas.
    Parabéns pelo trabalho!!!

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